O volume de golpes e fraudes financeiras disparou na pandemia e continua a fazer vítimas todos os dias. O movimento,… [ … ]
16 de maio de 2023
O volume de golpes e fraudes financeiras disparou na pandemia e continua a fazer vítimas todos os dias. O movimento, segundo especialistas, acompanha a crescente popularização do PIX e o aumento do uso de serviços bancários por meio de canais digitais.
Além do uso de softwares maliciosos que muitas vezes são instalados nos celulares dos consumidores sem o conhecimento dos proprietários, outros golpes utilizados pelos criminosos são aqueles via engenharia social — quando um criminoso usa influência e persuasão para enganar e manipular pessoas e obter senhas de acesso.
Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), esse tipo de golpe mais do que dobrou entre o segundo semestre de 2020 e os primeiros seis meses de 2021 (+165%) e, agora, tem sido adaptado pelos bandidos para novas abordagens.
Veja abaixo alguns golpes feitos por meio de engenharia social e saiba como se proteger.
Trata-se de uma adaptação do golpe do motoboy – que era feito quando o criminoso fingia ser um funcionário do banco e ligava para o consumidor, avisando que o seu cartão havia sido fraudado ou clonado e informando que um motoboy enviado pelo banco iria até a casa do cliente retirá-lo.
Nessa nova abordagem, os bandidos fingem ser falsos policiais, alegando que a conta da vítima foi invadida e que seu cartão precisará passar por perícia e está sob investigação.
O bandido solicita a senha e pede que o cartão seja cortado, mas que o chip não seja danificado. Em seguida, diz que o cartão será retirado na casa do cliente. Um outro criminoso aparece onde a vítima está e retira o cartão. Mesmo com o cartão cortado, o chip está intacto e os fraudadores o utilizam para fazer transações e roubar o dinheiro da vítima.
Nessa abordagem, o fraudador entra em contato com a vítima e novamente se passa por um funcionário do banco ou ainda manda e-mails, links e mensagens em aplicativos. O criminoso afirma que a conta do cliente foi invadida, clonada, que há movimentações suspeitas, entre outras artimanhas, e diz que vai enviar um link para a instalação de um aplicativo que irá solucionar o problema.
Se o cliente instalar o aplicativo, o criminoso terá acesso a todos os dados que estão no celular e, assim, busca por senhas que estão eventualmente armazenadas no aparelho ou salvas em aplicativos e sites.
Neste golpe, os bandidos procuram informações de usuários que estão em busca de vagas de trabalho e se passam por falsas agências de emprego. Oferecem vagas com excelente remuneração e apelam para a urgência para que a pessoa aceite a oportunidade.
Nesse caso, os criminosos até podem pedir que o interessado faça um curso rápido para poder se adequar à falsa vaga e também pedem transferências em PIX para falsos exames médicos.
Trata-se de uma nova variante dos golpes do delivery, da máquina de cartão danificada e da troca de cartão. Após descobrirem dados pessoais e datas de aniversários, quadrilhas de criminosos entram em contato com a vítima e dizem que têm um brinde para entregar ou um presente de aniversário, e insistem para que a pessoa receba o presente pessoalmente.
Os criminosos chegam a dar algo para a vítima, geralmente flores ou cosméticos. Alegam que são prestadores de serviços e que não sabem informações de quem realmente pediu para fazer a entrega e pedem um pagamento de uma taxa.
O entregador pode entregar uma maquininha com o visor danificado ou de uma forma que impossibilite a visualização do preço cobrado na tela, sendo um valor acima do real cobrado. O golpista também usa algum truque e desvia a atenção da pessoa para que a vítima digite a senha no campo destinado ao valor da compra. Isso permite que o bandido descubra o código secreto.
Nessa abordagem, bandidos criam sites e perfis falsos em aplicativos de mensagens e em redes sociais, se passando por um falso corretor ou funcionário de instituição financeira.
Depois, começam a oferecer opções de investimentos com altos retornos e também apelam para a urgência para que o interessado feche negócio, dizendo que ele irá perder alguma vantagem.
Via G1
0 Comentários