Os perigos do vício em descongestionantes nasais

Durante o outono, sintomas respiratórios como nariz entupido, coriza e coceira se tornam mais frequentes, especialmente devido à mudança de… [ ]

17 de setembro de 2024

Durante o outono, sintomas respiratórios como nariz entupido, coriza e coceira se tornam mais frequentes, especialmente devido à mudança de temperatura e ao ar seco. Para lidar com isso, muitas pessoas recorrem ao descongestionante nasal, um produto que, apesar de proporcionar um alívio rápido, não deve ser utilizado de maneira indiscriminada.

“Quando a pessoa percebe que o descongestionante faz com ela se sinta com o nariz desobstruído, quase que instantaneamente, isso acaba incentivando-a a querer buscar mais doses do spray, o que a torna dependente”, explica o Dr. Fernão Bevilacqua, otorrinolaringologista do Alfa Instituto de Comunicação e Audição.

Se você costuma carregar o produto em diversos momentos do seu dia a dia, saiba que esse pode ser um sinal de vício no descongestionante nasal, segundo o médico.

“Uma pessoa viciada leva ele no bolso, no porta-luvas do carro, na mochila do trabalho, na bolsa, no banheiro e chega até a comprar caixas e lotes”, exemplifica.

O uso prolongado do descongestionante nasal pode causar uma vasoconstrição, que consiste na diminuição do diâmetro dos vasos sanguíneos.

Esse efeito pode provocar sintomas como dificuldade de sentir a corrente de ar passar pelo nariz e a perda de sensibilidade do ar, além de favorecer complicações mais sérias em órgãos como coração, cérebro, pulmão e intestino.

O médico ainda lembra que exagerar na utilização do produto também pode irritar a mucosa nasal, colaborando até mesmo para sangramentos.

Como se livrar do vício?

Para minimizar os prejuízos causados pelo vício no descongestionante nasal, uma boa ideia é substituir o conteúdo do spray ou borrifador por soro fisiológico.

Bevilacqua destaca que, para melhorar a sensibilidade e a irritação na mucosa, um médico pode prescrever o uso de medicamentos.

“Um otorrino pode sugerir o uso de corticoides, lavagem nasal ou até medicamentos orais como anti-inflamatórios e anti-histamínicos, dependendo sempre de cada caso”, fala.

Apesar do descongestionante gerar dependência em algumas pessoas, é fundamental ter em mente que ele é um grande aliado para o tratamento de algumas condições de saúde, por exemplo, da sinusite aguda. O produto deve ser utilizado de maneira responsável e sob orientação de um especialista.

“É importante que um especialista avalie quando o descongestionante está sendo usado de forma crônica e está se tornando um veneno ao invés de ajudar o paciente, trazendo prejuízos à saúde”, finaliza.

Fonte: Boa Forma

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