A relação entre alimentação e saúde mental e um tema de crescente interesse e relevancia, especialmente quando se trata de… [ … ]
30 de agosto de 2024
A relação entre alimentação e saúde mental e um tema de crescente interesse e relevancia, especialmente quando se trata de obesidade e disturbios alimentares. Segundo dados da Organização Mundial da Saude (OMS), cerca de 70 milhões de pessoas sofrem com disturbios alimentares em todo o mundo.
Alguns alimentos, particularmente aqueles ricos em açucares e gorduras. têm sido associados a padrões de comportamento semelhantes aos de vicios, afetando diretamente a saúde mental Estudos recentes mostram que esses alimentos podem provocar respostas quimicas no cerebro que incentivam o consumo continuo e excessivo, levando a ciclos de compulsão e, eventualmente, ao ganho de peso.
Por outro lado, certos alimentos têm propriedades que podem promover um estado de calma e estabilidade emocional. A seguir, explicamos mais sobre os dois grupos.
De acordo com a psicóloga Andrea Levy, cofundadora do instituto Obesidade Brasil, alimentos ricos em acidos graxos omega-3 como peixes e nozes, e aqueles que contém triptofano, como o chocolate amargo e as bananas, podem contribuir para uma sensação de bem-estar e reduzir sintomas de ansiedade e depressão No entanto, a relação entre esses alimentos e a obesidade pode ser complexa, ja que o consumo excessivo de qualquer tipo de alimento pode ter efeitos adversos.
“Distúrbios alimentares, como a compulsão alimentar e a bulimia, muitas vezes tèm raízes profundas na saude mental A relação entre emoções e alimentação pode levar a padrões de comportamento prejudiciais, onde o alimento e usado como uma forma de lidar com estresse, ansiedade ou depressão”, ela explica. E completa: “Esses disturbios não apenas afetam o comportamento alimentar, mas também têm um impacto profundo na saude mental contribuindo para um ciclo de ganho de peso e problemas psicologicos”.
O consumo excessivo de alimentos ricos em açúcar, sal e gorduras esta diretamente relacionado tambem ao aumento da obesidade. Alimentos ultraprocessados, como fast food, salgadinhos e refrigerantes, são frequentemente consumidos em grandes quantidades devido ao seu alto teor de sabor e baixo custo, o que pode levar ao ganho de peso significativo e a problemas de saude associados.
No Brasil atualmente, existem cerca de 41 milhões de pessoas acima de 18 anos com obesidade, correspondendo a 26% da população. Em 2035, a previsão e de que os brasileiros com obesidade sejam 41% da população. segundo estudo publicado pela World Obesity Federation (WOF) em março de 2023.
“Os alimentos com alto teor de açúcar e gordura podem desencadear uma liberação intensa de dopamina no cérebro, um neurotransmissor associado ao prazer e recompensa. Essa resposta pode criar um ciclo vicioso, onde o consumo desses alimentos e buscado repetidamente. exacerbando comportamentos alimentares compulsivos e contribuindo para o ganho de peso”, explica a nutrologa Andrea Pereira, cofundadora do instituto Obesidade Brasil “Alem disso, a falta de nutrientes essenciais pode afetar a função cerebral, influenciando a saude mental, conclui a medica.
Fonte: Boa Forma
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